EUA e Israel, eleições cruzadas
08/11/12 06:09A vitória de Barack Obama deve ter impacto direto nas eleições gerais em Israel, marcadas para 22 de janeiro.
Favorito para formar o novo governo, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, não escondeu a preferência pelo republicano Mitt Romney, amigo desde os anos 70, quando os dois trabalharam no mesmo escritório de consultoria financeira nos EUA. Agora, os rivais políticos de Bibi esperam usar a aposta errada para evitar sua reeleição.
Netanyahu emitiu uma nota protocolar, com parabéns a Obama e a convicção de que a histórica aliança não será alterada. “A relação entre os EUA e Israel em assuntos de segurança é sólida como uma rocha e eu espero trabalhar com o presidente Obama para fortalecer nossa relação”, diz a mensagem do premiê.
O tom amistoso contrasta com o clima tenso que pairou entre os dois líderes nos últimos quatro anos. O estranhamento piorou na reta final da campanha americana, com a preferência de Netanyahu por Romney e suas duras críticas à recusa de Obama em dar um ultimato para conter o programa nuclear do Irã.
“Este não é um bom dia para o premiê Netanyahu”, alfinetou o ministro do Interior, Eli Yishai, do partido ultraortodoxo Shas. “Não deveríamos interferir em eleições de outros países”.
Com a reeleição de Obama, alguns analistas israelenses apostam que, no segundo mandato, o presidente americano fará um “acerto de contas” com Netanyahu, exercendo mais pressão sobre Israel na questão palestina.
Além disso, há a expectativa de que a vitória do democrata nos EUA anime pesos pesados da oposição a entrar na campanha israelense, o que dificultaria a reeleição de Netanyahu.
Entre os possíveis “elementos surpresa” nessa bolsa de apostas fala-se no ex-premiê Ehud Olmert, caso ele se livre a tempo dos processos na Justiça por corrupção, na ex-chanceler Tzipi Livni e até no atual presidente Shimon Peres, do alto de seus 89 anos.
Já os palestinos, que não escondem sua decepção com o presidente americano, esperam que a liberdade do segundo mandato permita a Obama ser mais firme com Israel para tirar o processo de paz de sua longa paralisia.
Saeb Erekat, negociador-chefe da ANP (Autoridade Nacional Palestina), exortou Obama a agir contra os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada e a apoiar a iniciativa de elevar o status da Palestina na ONU. No ano passado, o governo americano vetou uma resolução semelhante no Conselho de Segurança.
O atual governo israelense colocou as ambições nucleares do Irã no topo de suas preocupações e não é surpresa que o tema também tenha definido sua atitude em relação à disputa presidencial nos Estados Unidos. Por isso, a eleição israelense de janeiro está sendo encarada como um referendo sobre um ataque ao Irã.
SHALON. O QUE OCORRERÁ COM ISRAEL ESTA REGISTRADO NOS LIVROS DOS PROFETAS. ISRAEL TEM QUE CONFIAR TOTALMENTE EM DEUS, NÃO NOS EUA OU OUTRA NAÇÃO. SÓ VAI ACONTECER COM ISRAEL A PERFEITA VONTADE DE DEUS.
Corroboro com o comentário do Benny.Tzipi Livni,é dos males o menor.E digo mais:essa nova coalizão que se anuncia com Bibi e Lieberman,era o que de pior poderia acontecer para o já complicado processo de paz,pois ambos são belicistas natos.
Parece que a vitória de Barak Obama poderá ter a força de livrar o eleitor israeli do cheiro de naftalina do LIKUD e trazer de volta a KADIMA e a promissora figura de Tzipi Livni que, apesar dos percalços, prometia desenvolver um bom trabalho nas negociações com a ANP na gestão anterior, do Olmert.
Faço votos que o Obama obrige os sion istas a deixar a Cisjordania ocupada e forçar um acordo;é sabido que o Estado sion ista é sustentado pelo capital americano, bem como recebe armas sofisiticadas do arsenal americano. O poblema reside do lobby judaico muito poderoso nos EUA, que podrá vtar isso.
Hamilton, o governo americano obviamente tem peso e pode facilitar a retomada da negociação, mas está comprovado que não tem capacidade de forçar uma solução. As eleições realmente importantes para resolver o conflito não são as americanas, mas a israelense e a palestina. Infelizmente, do lado israelense esse assunto é secundário na atual campanha; no lado palestino, nem sequer há perspectiva de haver eleições, devido à profunda divisão entre Gaza e a Cisjordânia.