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Marcelo Ninio

No Oriente Médio

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O governo Dilma e o Brasil no Oriente Médio

Por Marcelo Ninio
23/10/12 21:49

O chanceler Patriota a caminho de depositar uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat, em Ramallah

 

O ministro Antonio Patriota, que na semana passada fez sua primeira visita a Israel e à Palestina como chanceler, considerou “irrelevante” uma pergunta que fiz sobre o papel do Brasil no conflito.

Eu quis saber se o Brasil mantinha o mesmo nível de ambição demonstrado pelo governo Lula, que se ofereceu como mediador do conflito israelense-palestino e costurou um acordo, rejeitado pelas potências, sobre o programa nuclear iraniano. Minha dúvida era baseada na expectativa entre palestinos e israelenses que cercou a visita de Patriota. 

A julgar pelas palavras do ministro e por conversas com outros diplomatas que tive durante a semana, concluo que o governo Dilma não tem o ímpeto de mergulhar no mar bravio dos conflitos do Oriente Médio demonstrado por seu antecessor. Há outras prioridades e o estilo Patriota é bem mais cauteloso. Sobretudo depois do tsunami causado pela Primvera Árabe, que começou praticamente junto com o governo Dilma.

Reproduzo a seguir a resposta do chanceler e deixo ao leitor a conclusão:

“A gente constrói em cima de uma base. O governo Lula ampliou muito a nossa base de atuação internacional. Para dar um exemplo: o escritório de representação do Brasil em Ramallah foi criado durante o governo Lula. Outras embaixadas na região também. O reconhecimento da Palestina como Estado foi determinado em dezembro de 2010, o último mês do governo Lula. Estamos trabalhando em cima dessas realizações, dos contatos estabelecidos, da confiança conquistada. A expectativa dos palestinos em relação ao Brasil é enorme, em função de todos esses laços. Queria também lembrar que eu tenho mantido contato com o setor privado e com a sociedade civil palestina-árabe e judia no Brasil e em outros países (…). Tudo isso vai somando e permitindo que o Brasil entenda melhor a complexidade e possa dar uma contribuição no sentido da mobilização política. Os contornos do que poderá ser um acordo já são conhecidos, já foram explorados e não creio que essa discussão comporte idéias revolucionárias. A pergunta sobre o nível de ambição não é importante. O importante é manter os contatos. O nível de ambição é uma abstração. Nós vamos trabalhar pela paz e tentar corresponder a essa expectativa com os instrumentos de que dispomos.”

 

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Comentários

  1. Benny Assayag comentou em 27/10/12 at 20:31

    Ah, o Lula deixou um legado e tanto: O MENSALÃO. Estou até arrepiado. Agora, o Sr. Patriota fala em mediar o conflito no Oriente Médio… A propósito, que ser mais patriota e se procupar com os níveis de violência da cidade de São Paulo e dos morros cariocas?

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