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Marcelo Ninio

No Oriente Médio

Perfil Marcelo Ninio é correspondente em Jerusalém

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Obrigado, Marcelo

Por Marcelo Ninio
26/03/12 14:48

 

Meu xará comemora um gol pelo Real (Foto: Reuters)

O fraco desempenho da seleção de Mano e os escândalos na CBF podem abalar a fé dos brasileiros em seu futebol, mas em nada afetam a sua espantosa popularidade no Oriente Médio.  Um verdadeiro “soft power”, que já me abriu muitas portas até nos lugares mais inóspitos. Tenho amigos jornalistas que levam camisas da seleção em viagens como presentes estratégicos para facilitar o trânsito
 
Futebol é uma língua universal, feita de nomes de jogadores. Para mim, isso acabou tendo um efeito inesperado e bem-vindo.
 
Sempre achei meu nome fácil. Por isso também nunca entendo quando alguém tem dificuldade em captá-lo. Às vezes tenho que repetir o sobrenome várias vezes, principalmente no telefone, até perceberem que não sou uma versão em carne e osso do fenômeno meteorológico El Niño.
 
O primeiro nome também causa confusão em minhas viagens pela região. Em Israel muitas vezes viro um afrancesado “Marcel”. Nos países árabes, a versão mais comum tem a adição de um misterioso “i”, e surge o “Marcelio”. Não adianta corrigir, o “i” sempre volta.
 
Há variações. Uma jornalista egípcia com quem converso regularmente sempre me chama de Marcelino, mesmo depois de trocas frequentes de email. Já desisti de corrigi-la. Nunca perguntei, mas pode ser a lembrança do clássico filme espanhol Marcelino pan y vino, do pequeno órfão que faz milagres.
 
Mas algo mudou nos últimos anos. Árabes, principalmente homens, começaram a falar meu nome corretamente, de primeira. “Marcelo, como o do Real Madrid?”, exclamam, quase num reflexo. O milagre é obra do lateral-esquerdo Marcelo, que vi começando a carreira no Fluminense e hoje é uma estrela internacional jogando com os galácticos do Real Madrid e pela seleção brasileira.

Nos países árabes, onde a paixão pelo futebol é avassaladora, todos torcem para algum time europeu. Barcelona e Real Madrid são uma febre. A Al Jazeera Sports, braço esportivo da poderosa rede de TV do Qatar, transmite jogos de todos os campeonatos importantes do mundo, inclusive os brasileiros.

 Por isso, sou agradecido ao meu xará do Real Madrid. Graças a ele, tenho repetido meu nome muito menos. E falado bem mais de futebol.
 
Agora, Marcelo, só falta você voltar a jogar no Fluminense.
 
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Comentários

  1. Silvino comentou em 26/03/12 at 23:37

    Legal, Marcelo. Agora diz aí, na medida do possível, por que gostando tanto de futebol eles formam umas seleções tão ruins de bola?

    • faham comentou em 27/03/12 at 7:43

      Porque se vontade bastasse eu seria o camisa 10 da seleção!!

    • Marcelo Ninio comentou em 27/03/12 at 9:08

      Silvino, essa pergunta vale não só para o mundo árabe, mas para muitos países onde o futebol é popular e os times locais, incluindo as seleções nacionais, são fracos. Os mais maldosos diriam que vale também para o Brasil. Como diz o Faham, vontade não basta.

      • Silvino comentou em 27/03/12 at 23:06

        Bom, se houvesse realmente vontade do país como um todo eles teriam bons times. Você precisa de organização e de muitas pessoas praticando o esporte. Não sei se em todos os países da região o futebol é um esporte de massas. A Holanda é um país pequeno mas tem abundância de bons campos e estádios de futebol. Sempre possui bons jogadores e costuma ter um bom desempenho nas Copas. No Egito o futebol parece ser uma paixão nacional, mas vai ver que ao contrário dos holandeses eles são pernas de pau congênitos.
        Acho que o problema do futebol brasileiro atual passa por algo que eu chamaria numa discussão abrangente de “mau gosto” em todos os sentidos. Mas não tenho a menor vontade de entrar nesse assunto. abs

  2. Andre Rozenbaum comentou em 26/03/12 at 20:31

    Legal sua descrição marcelo. É bom equilibrar posts sérios com descontríados como esse. Keep going!
    abs

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