Em Israel, paz e amor ao Irã
20/03/12 14:37
Finalmente uma notícia refrescante no meio da fogueira de ameaças e profecias apocalípticas que cercam as relações entre os arquiinimigos Israel e Irã.
Cansados de ouvir os dois governos batendo tambores de guerra, um casal israelense lançou uma campanha para estender a mão aos iranianos, sem intermediários. Ou melhor, por meio do intermediário universal, o Facebook.
Ronny Edry e Michal Tamir, artistas gráficos de Tel Aviv, publicaram na rede social fotos suas com os filhos e os dizeres: “Iranianos, nós nunca bombardearemos seu país. Nós amamos vocês”.
Junto com as imagens, a mensagem: “Ao povo iraniano, a todos os pais, mães, crianças, irmãos e irmãs, para que haja uma guerra entre nós, primeiro precisamos ter medo e odiar. Não tenho medo de vocês, não odeio vocês. Sequer conheço vocês. Nenhum iraniano jamais me fez mal algum”.
Não demorou muito e centenas de israelenses aderiram à campanha, formando uma galeria de fotos de pessoas que endossam a mensagem de paz ao país persa.
Ronny contou ao jornal “Haaretz” que também recebeu recebeu respostas de israelenses irados, chamando-o de entreguista, ingênuo e palavras impublicáveis. Mas o que mais o impressionou foi a reação de iranianos, agradecidos. De Teerã chegaram mensagens parecidas, com fotos de iranianos manifestando afeto aos israelenses e repudiando a escalada retórica dos dois governos.
Tudo para os israelenses é antisemitismo. Fizeram em Hollywood milhares de filmes lembrando ao mundo como foram massacrados na segunda guerra, como são coitados e injustiçados e não deixam de invadir as terras e massacrar o povo palestino. Ah e não dá pra esquecer que mataram Yitzak Rabin, que foi um dos seus líderes que queria a paz. Judeu é um povo tão legal, tão justo, tão correto, tão bonzinho, não sei porque tem gente que não gosta deles?!
Parabéns pelo blog “No Oriente Médio” publicado pela Folha de São Paulo. Desde de quando comecei a ler não consigo mais parar, é enriquecedor e proveitosa esta obra prima. Sempre acompanho as notícias de Israel e no geral do Oriente Médio. Sou brasileiro, natural do Rio de Janeiro. Que você possa sempre desenvolver este bom trabalho e continuar contribuindo de forma benéfica o conhecimento das pessoas.
É tudo muito bacana.
Mas se a mensagem não chegar à muitas pessoas no Irã, (e provavelmente não vai chegar, por conta do controle da net/mídia pelo governo iraniano) pode ser que o efeito seja o contrário do desejado.
O mínimo seria aumentar o controle da net/mídia, e o máximo seria precipitar algum plano (se houver) em andamento.
FATOS:
1) O governo do Irã jamais declararam que atacaria Israel, salvo se fosse atacado primeiro;
2) Infelizmente, o governo de Israel quase toda semana dá declarações que poderá atacar as centrais nucleares do Irã;
3) As autoridades do Irã condenam sempre o que chamam de “regime sionista”, que eles consideram como responsável pela limpeza étnica, desigualdade social e judaização de Israel com prejuizo dos palestinos.
Esse movimento está de parabéns. É hora das partes se desarmarem.
A moça iraniana da foto não vive no Irã, com certeza, ou não se exporia dessa forma, pose sensual, sem véu e pedindo por democracia. Ademais, parece-me que os sites de relacionamento como twiter e facebook, assim como o youtube estão todos bloqueados no Irã (ou já não estão mais?). Concluindo, se houve reação de iranianos ao movimento israeli, tudo indica que essa reação ocorre na diáspora. Corrijam-me se estiver errado.
Benny, de fato em muitas das mensagens enviadas por iranianos os rostos estão cobertos, e eles explicam que o motivo é o medo de retaliações por parte do regime. Não há como saber onde vive a moça que aparece no poster publicado no post. É verdade que o uso da internet sofre restrições no Irã, mas os iranianos tem formas de dribá-las.
quanta informação, quantas culturas desperdiçadas!!!
desde os tempos primórdios, já havia guerras por conquistas de terras, conquistas, vinganças.
estamos no século 21, a ganância do Homem, não diminuiu, ao contrário.
concordo com Samuel Haddad, isso prova que apesar de tanto avanço em estudos da educação entre os homens, só regredimos.
o Homem com poder e maldade, não é diferente de nenhum homem humilde e simples
da população, ele vai apodrecer igualmente na Terra que nos dá abrigo e poderia continuar a ser um paraíso para todos.
Excelente! Achava que era só uma brincadeira! Agora se os eternos vampiros sionistas estão atacando a campanha é porque ela deve ser levada a sério. Todos que amam a paz e não odeiam israelenses ou iranianos devem aderir. Sugiro que o mundo use o termo “o mundo não odeia israelenses ou iranianos, o mundo odeia sanguinários, estejam de qual lado estiverem”.
Muito bacana essa iniciativa dos israelenses. Demonstra que já que os governantes não trabalham pela paz, o povo reage de forma positiva buscando entre eles a PAZ!!
Quem sabe esse líderes prestem realmente atenção ao povo de seus respectivos países e deem um basta à esse conflito idiota!!!
Parece que ninguém mais reparou, mas vejam o cartaz iraniano.
Como um cidadão comum iraniano vai saber se o governo procura ou não obter armas nucleares? Isso não é possível nem em países democráticos, imagine no Irã! A frase serve só para dizer que o governo iraniano não tem respaldo popular. Mas isso não é novidade.
A segunda frase, queremos paz e democracia, é bem mais interessante. Trata-se mais de um convite à guerra contra o governo iraniano do que um apelo à paz. O único jeito de se ter democracia e paz no Irã é com a derrubada do atual governo. E como fazê-lo? Por reformas internas e eleições livres já sabemos que não tem jeito.
1-Você não é um cidadão comum certo? Qual sua fonte de informação?
2- O xá estava no poder desde 1941, com uma curta interrupção em 1953 quando teve que abandonar o país. Retornou no mesmo ano ao depor o governo democraticamente eleito de Mohammad Mossadeq, com a ajuda de uma operação da CIA, batizada de Operação Ajax. Deixe-os seguir o seu caminho, a democracia que eles querem não é a sua democracia.
3-Estão demonizando o Ira com esta guerra de propaganda, utilizando o conflito de culturas para fins de conquistas. A tentativa de ingerência em seus assuntos internos, como hoje está acontecendo, jamais seria aceito, passivamente, por qualquer país soberano do planeta.
Voce deveria usar outro nome, seus pensamentos não condiz com a maioria dos brasileiros.
1. Sou um cidadão comum brasileiro que não teria como saber se o nosso governo resolvesse construir uma bomba atômica. Um iraniano comum teria mais dificuldade ainda.
2. O Irã não é “minha” democracia nem democracia de ninguém. Simplesmente porque não é democracia. Procure saber quem são os aiatolás, como funciona seu regime, como são feitas as eleições de fachada.
3. O Irã não cumprir obrigações internacionais não é assunto interno.
Você não é ninguém para censurar o nome que eu escolho usar. O Brasil, apesar dos esforços de muita gente, ainda é uma democracia. Tenho plena liberdade para exercer meus direitos, estando com a maioria ou minoria. No Irã é que as coisas são do jeito que você gosta.
Brasil-sil-sil!!!!
Criança mal-criada!!! Aiaiai!!! Teus posts são só ódio! hauhahau!!! O Irã é uma teocracia islâmica! E daí…EUA e Israel não seguem acordos internacionais…e daí…sacou…ou teremos todos que desenhar para ti!
O que é Democracia, então…? Ué! Você sabe tudo! Ninguém quer a guerra!!! Só alguns idiota$$$!!! hauhauahaau!!!
Salaam!!!
é isso aí galera a ficha tem que cair.Guerra é a ração com a qual o rico alimenta o pobre.
Boa.
Marcelo, você tem o link da campanha (no Facebook)? Eu gostaria de curtir e divulgar.
Claro, Bruno, aí vai: https://www.facebook.com/#!/pushpin
Afinal, são todos descentes de Noé (Ziusudra/Utnapishtim), filho do anunnaki/nefilim, Enki, de Eridu.
Finalmente uma idéia ótima.Espero que esses idiotas que estão sempre querendo guerra entendam isso.É fácil mandar os filhos dos outros para o conflito.
Excelente iniciativa. Os israelenses não devem ser reféns da eterna retórica de guerra de seus governantes. Os bombardeios que eles fizeram ao Líbano anos atrás foi uma das coisas mais nojentas que já se viu.
Com iniciativas como essa dá um pouco de esperança que com o tempo o mundo mude um pouco esses enfoques sectários e ultrapassados. Excelente matéria. abs
Incrível:- “quase seis de cada dez”????
O Brasil é um País abençoado!
Não consigo mensurar tanto rancor.
Mas as iniciativas são válidas e a matéria é muito interessante e bem escrita! Sorte ,
JT
Obrigado pelo elogio, Juliana. Seis de cada dez pode parecer pouco, mas em meio à retórica martelada pelo governo israelense de que o Irã é uma ameaça existencial ao país, é significativo também que mais de metade se oponha ao ataque. Além disso, acho que isso não reflete o sentimento pelo povo iraniano. Em Israel, onde há milhares de judeus persas, não sinto nenhuma hostilidade. E quando estive no Irã, conversando aleatoriamente pela rua, também não ouvi palavras rancorosas sobre judeus ou israelenses. É coisa do governo, dizem dos dois lados.
Marcelo, por que alguém em uma conversa aleatória na rua com um estrangeiro diria alguma coisa rancorosa sobre judeus ou iranianos?
Engraçado esse papo de ” é coisa do governo”. Tem alguém dizendo o contrário, por acaso?
Boa pergunta, por que deveriam expressar rancor em conversas aleatórias? Ocorre que, na comparação com os árabes, é uma grande diferença. No mundo árabe, onde circulo com frequência, conversas aleatórias quase sempre incluem comentários negativos sobre Israel e/ou os judeus. No Irã não ouvi isso, mesmo de quem diz apoiar o regime.
Marcelo, como o Irã não é árabe, é persa, dessa forma, não há no país a disputa pelo pan-arabismo (o Irã sequer participou das guerras árabes-israelenses). Por isso, talvez, não haja tanto rancor em conversas aleatórias. Sempre houve, sim, uma disputa entre Irã, Iraque e Egito pela hegemonia da região, mas isso não significa união na causa árabe. Além disso, a população de judeus iranianos é considerável.
A própria CIJ já se posicionou contra a construção do muro e há resoluções na ONU pedindo para que parem o assentamento de israelenses em território palestino ocupado.
Com a política levada a cabo por Netanyahu, Shimon e Sharon, é praticamente impossível que as pessoas não falem mal de Israel.
Não podemos nos esquecer que falar mal das políticas de Israel também não é falar mal de judeus. Tampouco ser contra a criação do Estado de Israel significa ser antissemita ou contra os judeus.
Atualmente, há muitas conversas aleatórias falando mal do Irã. É só ir ao blog do correspondente no Irã e ver a quantidade de comentários raivosos e ofensivos.
Brasil-sil-sil, a pessoa diria alguma coisa sobre judeus/Israel em conversa aleatória com um estrangeiro porque o jornalista deve ter se apresentado como tal e feito perguntas sobre o caso.
Posso ter entendido errado. Mas acho que o Marcelo falou que em conversas aleatórias com os árabes um comentário hostil sobre Israel e/ou judeus acaba saindo.
Se ele perguntasse sobre Israel e judeus a conversa não seria mais aleatória, seria direcionada.
Quanto ao seu comentário anterior, há quem diga que quanto mais o governo iraniano se agarra aos seus valores religiosos, mais a população se seculariza. E eu penso que quanto mais o governo iraniano hostiliza Israel e EUA, menor devem ficar os sentimentos populares contra Israel e EUA.
Brasil-il-il, não consigo postar no seu comentário, vai aqui mesmo. Discordo da sua lógica. Não acho que os sentimentos populares estão menores contra Israel e EUA. Na verdade, acredito que eles estejam maiores contra os iranianos. O Irã é um país demonizado, não importa o que ele faça. E não porque discorda da criação do Estado de Israel, mas porque não é aliado dos EUA. É interessante notar que, na criação de Israel, na década de 1940, quem estava no poder no Irã era a dinastia Palehvi, aliada de longa data dos EUA.
Magnífica iniciativa, pessoas assim me faz ter esperança.
Os senhores das armas fazem a guerra, mas quem luta e sofre a guerra é o povo. Se todos dissessem não a guerra onde iriam enfiar suas armas, eu sei, mas não vou falar.
E daí que a população iraniana diga qualquer coisa? Eles não têm nenhuma influência sobre o governo teocrático do país.
Israel e EUA deveriam deixar essas questão nuclear em segundo plano. Melhor seria bombardear todos os prédios governamentais e dizimar as Forças Armadas – convencionais e revolucionárias – do Irã para promover mudança de regime. Aquela ideologia insana não vai mudar. Alguém terá que mudar pra eles (como os EUA mudaram os regimes da Alemanha nazista e do Japão imperial).
A população israelense também não parece ter grande influência sobre o governo nessa questão — se tivesse, nem precisava fazer essa campanha! E o governo iraniano pode ser teocrático, mas o governo israelense anda igualmente fanático e belicista. A diferença é que a bela democracia de Israel não reprime seus cidadãos — “só” os 4,2 milhões de palestinos nos territórios ocupados, que não são tratados como cidadãos, e às vezes nem como gente…
Paulo, parabéns pelo comentario. Com relação a esse tal de “Brasil-sil-sil” percebe-se a mais pura falta de pensamento crítico, um mal que ainda perturba a sociedade brasileira.
Ó, grande sábio Artur Ícaro! Revele-nos a verdade, liberte-nos da “mais pura falta de pensamento crítico”!
Pensando bem, se você tivesse algo a dizer já teria dito, né? Você não conseguiu expressar nenhum argumento, só tentou desqualificar quem não concorda com a sua opinião. Tenho certeza que você não sabe nada sobre os conflitos do Oriente Médio, sobre quem atacou quem em qual guerra e por quais motivos. Simplesmente acha bonito ser esquerdista e esbravejar contra Israel.
O governo de Israel foi ELEITO. Reflete a vontade do eleitorado. O do Irã é imposto e só reflete os delírios messiânicos islâmicos.
A programa nuclear iraniano não tem relação nenhuma com o conflito entre Israel e Palestina, sobre o qual você demonstra não saber muita coisa.
O governo de Israel foi eleito — parabéns, pema que elegeram um crápula como o Netanyahu, e que o Knesset esteja dominado pela direita e extrema direita. E o fato de terem sido eleitos não quer dizer que façam o que a população quer: 60% NÂO querem a guerra, e ainda assim o Bibi não fala de outra coisa.
E se vc acha que o programa nuclear iraniano não tem nada a ver com o conflito israelo-palestino… acho que quem demonstra saber pouca coisa é você. Muitos, até israelenses e americanos, acham que essa falação sobre o Irã é cortina de fumaça para não falar sobre o problema real da região, que é a ocupação dos territórios palestinos. Enquanto todos se distraem discutindo se Israel deve ou não atacar, a ocupação — ILEGAL — continua, mais assentamentos são fundados, e as negociações são empurradas com a barriga…
O Irã, como você fez questão de lembrar, não é árabe e não tem relação com o pan-arabismo. O Irã não tem nada com o conflito Israel-Palestina.
Israel não precisa criar cortina de fumaça para distrair a opinião pública internacional. Israel tem a opinião pública contra si e a favor dos palestinos há décadas e isso nunca fez diferença pra eles. Os assentamentos que você citou, por exemplo, são indefensáveis, ilegais, imorais, condenados por todo mundo e Israel não está nem aí.
A questão da bomba é o risco oferecido por aquela teocracia insana. Um Irã armado com armas nucleares é como uma pessoa no meio de um surto psicótico com uma metralhadora na mão.
Brasil-sil-sil,
O fato de um governo ter sido democraticamente eleito não quer dizer, necessariamente, que esse governo seja democrático. A História está repleta de exemplos que governos que usaram a democracia contra a própria: o III Reich na Alemanha, o governo Nixon nos EUA – onde era crime ser pacifista – e a Revolução Bolivariana na Venezuela.
Vale citar também Argentina e Equador, que estão na nossa vizinhança.
Agora, o caso de Israel é outro.
O governo israelense reflete a vontade do eleitorado ou não?
Procura solapar a democracia israelense ou não?
Está inquieto tentando reprimir a própria população ou por temer uma ameaça externa ao país?
Brasil-il-il,
O governo israelense, definitivamente, não reflete a vontade do povo que o elegeu. Basta ver o que a população pensa a respeito de um possível bombardeio do Irã, que tem sido tão cogitada pelo governo, mas não tem o apoio da maioria da população.
Atualmente, nem o próprio governo israelense quer atacar.
E democracia representativa é assim mesmo. O governo é escolhido pela vontade popular, mas não está sempre junto com a opinião pública.
Acho que o correto seria bombardear os EUA e Israel…
Tirem a proteção Americana que esse discurso de ataque preventivo contra o Irã acaba. É como aquela história onde o filho encrenqueiro arruma confusão para que seu tutor resolva. Vida eterna para um judeu e qualidade de vida aqui na terra, ou seja, Eles vazem tudo por dinheiro.